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Eu em primeiro lugar

 

Pessoas que têm emprego, que têm o suporte básico, normalmente têm um conjunto de desejos primários mais ou menos semelhante.

Os desejos e aspirações podem ser semelhantes entre si, mas são de cada pessoa individualmente e não incluem necessariamente o bem-estar da empresa ou dos colegas em primeiro lugar, mas sim o seu próprio, sendo que a dedicação e coleguismo demonstrados são formas de trabalharem em seu próprio interesse. Trata-se de um mecanismo por vezes inconsciente nas pessoas, mas não menos verdadeiro.

Quando alguém é um excelente colega de trabalho, cordial com todos, ele age assim em prol de si próprio, de sua decisão de cultivar um bom ambiente de trabalho, afinal é do interesse dele, ele trabalha lá. Isso não significa que a preocupação esteja em primeiro lugar no grupo. Só para lembrar: esse processo é natural nas pessoas.

Você concorda com isso? Não se preocupe, estou apenas levando você a refletir.

Imagine um departamento qualquer em uma grande empresa. São 19 horas e todo o pessoal ainda está presente, trabalhando em relatórios e montando gráficos que foram pedidos bem no final do expediente. Eles têm uma vaga noção de porque o material foi pedido e essa vaga noção lhes diz o seguinte:

  1. Não precisava ser feito hoje à noite. Poderia ser feito no dia seguinte, em horário normal.
  2. Pior: podia ter sido previsto há mais tempo.
  3. Até onde eles sabem, essa urgência não vai servir de nada, já houve casos no passado onde pilhas e pilhas de trabalho feito às pressas e fora do horário ficaram mofando em cima da mesa por dias até serem usados.
  4. O chefe quer mostrar quem manda.

Pode ser verdade total, parcial ou não. O que importa, entretanto, é que isso que os funcionários estão pensando, com a consequente carga de mau humor, desmotivação e mesmo desdém por aquele trabalho, com chances, portanto, de comprometimento da qualidade final.

Muitos chefes ainda permanecem junto com a equipe, sendo mesmo o último a ir embora. Outros, com uma postura bem mais arrogante, deixam o pessoal sozinho e vão embora às vezes até antes do expediente terminar. Minha experiência diz que no fim isso não faz muita diferença quanto a percepção que os funcionários terão desse chefe. Apenas o chefe que fica com seu pessoal ao longo do período extra, miniminiza mais (teoricamente) o risco de erros no trabalho.

Entretanto, em muitas organizações, esse tipo de comportamento do chefe passa despercebido pela diretoria, pois ele é visto, ou pelo menos acha que é, como realizador. E para piorar, uma diretoria que não vê coisas assim acontecendo é algo mais comum de se encontrar do que se pensa. Obviamente uma empresa assim está fadada a ficar para trás, mas o problema é que até isso acontecer, as pessoas estão se desmotivando, perdendo tempo e qualidade de vida.

Abordagens negativas dos gestores

 Consideremos a abordagem negativa que muitos gestores têm, que é a de acreditar que as pessoas em princípio são mal-agradecidas. “Contratei aquela turma, dei emprego, oportunidade a eles, e você viu o resultado que eles me trazem? Bando de incompetentes! Eu detesto a preguiça mental dessa turma! E ainda por cima tenho que mantê-los sabendo que, por qualquer R$ 50 a mais, vão sair e me deixar na mão…”

Há também os gestores que, acreditaram no potencial de uma pessoa, a contratou, mas na hora a pessoa não consegue desempenhar o esperado, mas o gestor não quer dar o braço a torcer, e mesmo sabendo que aquela pessoa não serve, prefere ficar com ela na equipe a admitir uma decisão errada tomada no passado, perante sua equipe.

Provavelmente você já viu isso. O que será que está errado com esse pessoal? Será a forma como eles foram tratados no emprego anterior? Será a cultura, a educação recebida na escola ou na família? Será que é porque o ser humano é assim mesmo e não há o que fazer? Ou será porque não foram e não são tratados como deveriam?

Vamos levantar alguns pontos para sua consideração, mas com uma condição: você precisa colocar-se no lugar de cada uma das pessoas que trabalham com você para responder cada quesito (esse exercício pode até mesmo modificar completamente sua maneira de ver as coisas…). Faça esse exercício anotando por escrito suas respostas.

  1. Como você se sentiria se lhe pedissem para fazer algo que estivesse além da sua capacidade?
  2. Seus próprios projetos e ideias são energizantes para você?
  3. Como você se sente quando executa um bom trabalho e nem seu chefe ou qualquer outra pessoa parecem reparar?
  4. Como você se sente quando outra pessoa (às vezes até seu próprio superior) parece levar o crédito por aquilo que você fez ou criou?
  5. O quanto seu trabalho é fonte de alegria? O quanto você gosta de trabalhar realmente? Preferiria viver sem trabalhar?

Agora que você respondeu sobre si próprio, ponha-se no lugar de seus colaboradores e responda como se fosse cada um deles.

Você pode aumentar essa lista de perguntas e hipóteses se quiser. O ponto que gostaria de salientar diz respeito às pessoas que já trabalham ou poderão trabalhar com você. Como será que elas pensariam? Provavelmente de modo semelhante ao seu. É o normal.

Esses são alguns dos grandes pecados que gestores geralmente cometem. A pergunta é: que tipo de gestor você quer ser? Comece a trabalhar isso agora, mesmo que você ainda não seja um gestor – e assim, você será mais rápido do que imagina.

 

 

Boa semana!

Fiquem com Deus!

 

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