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Paulo Vieira – Liderança e subjetividade voltadas para a performance nas empresas do século 21

Paulo Vieira

Gestor de Recursos Humanos

ARRIS, Sony Electronics, NCR Brazil

Publicado em: 08/10/18

Liderança e subjetividade voltadas para a performance nas empresas do século 21.

A liberdade, segundo alguns teóricos pode ser um estado de consciência ou apenas resultado da subjetivação do indivíduo. Este, quando é tolhido, no âmbito de sua liberdade e se vê de repente “preso”, começa um processo inconsciente de subjetivação onde o indivíduo passa a vivenciar os problemas das empresas do século 21. Essa problematização está focada nos modos de subjetivação possíveis nessas empresas e são pautadas nas experiências vivenciadas naquele espaço. Compondo-se com uma subjetivação que, é produzida na instituição, faz ressonância com a liberdade e a maneira de lidar com situações internas dessas instituições. Tal problema, vai processar um sentido de busca de ações e mudanças de comportamentos que superem a diferença entre indivíduo líder, indivíduo liderado e resultados, onde, muitas vezes sob a pena de privação de ideias e ações até, muitas vezes, o desligamento do funcionário, seja ele líder ou liderado.

O processo de subjetivação pode compor muitas vezes um ilusório estado de satisfação que sustenta outros modos de subjetivação e que redundam os times em empresas extremamente hierarquizadas, que muitas vezes contam com líderes segregadores e “violentos” diante de uma significativa massa de funcionários onde fatos isolados podem  causar diferentes modos de convivência na empresa.

A subjetividade dos líderes pode agenciar outros modos mais criativos, menos problemáticos, mais saudáveis sendo ela individual ou coletiva.

 

O que é subjetividade?

A subjetividade humana é exatamente o oposto da objetividade, pois esta é mais óbvia, estrita e mesurável. Já a subjetividade é extremamente complexa e imensurável, uma vez que depende da formação das crenças e valores de indivíduo, com suas experiências e histórias de vida. Em suma, é como cada indivíduo enxerga, analisa e responde a uma situação de acordo com suas experiencias.

O indivíduo tem necessidade de ter um espaço que possa viver ou, ao menos, tornar menos dolorosa sua permanência em tal lugar. Entender os processos de subjetivação do indivíduo dentro do local de trabalho é de trazer-nos de volta a sermos nós mesmos, com nossa ideias, crises, raivas e processos de relações interpessoais.

 

A liderança e a geração “Y”

As novas tecnologias organizacionais e institucionais revelaram-se ambiciosas estratégias de dominação da alma humana e cada vez mais as empresas buscam no mercado pessoas com capacidade de dominação dessas tecnologias, onde possam integrar a capacidade humana de raciocínio e adaptação com a impessoalidade das máquinas. Nesse âmbito, abre-se caminho para a diminuição das relações interpessoais forçando o trabalhador a alcançar cada vez mais índices de performance maiores.

Quanto mais a tecnologia avança, mais a geração “X” precisa se adaptar, ou seja, os líderes de ontem precisam acompanhar as mudanças comportamentais das gerações sucessoras, onde estão sempre mais “sedentas” de conhecimento e inovação. Neste ponto, a subjetividade se encaixa perfeitamente, pois, quanto mais eu me conheço, mais eu me adapto e aprendo.

Na incessante busca pela alta performance, os lideres precisam montar times cada vez mais competitivos e muitas vezes sem uma visão do todo onde fatalmente terminam com resultados abaixo do esperado. Para que isso não aconteça, esse lideres precisam entender quais são as necessidades dos indivíduos, suas histórias, suas aspirações e serem capazes de montar times e convencê-los de sua visão, da visão da empresa e da visão de sustentabilidade. Por isso o entendimento das ciências humanas e subjetividade são essenciais.

 

A tecnologia e a subjetividade 

Com a tecnologia sendo reinventada a cada dia, o ritmo se tornou frenético de se acompanhar e os seres humanos não tem poupado esforços para tal. O uso de telefones celulares é um, exemplo disso, pois as gerações mais novas estão conectadas e trocando o contato humano pela comunicação remota podendo comprometer o desenvolvimento de habilidades que dependem do convívio social. É importante que busquemos o equilíbrio entre as relações sociais e o uso das tecnologias, pois como conseguiremos socializar remotamente lidar com as pessoas na vida real e de ética se não há interação humana?

As habilidades comportamentais precisam ser cada vez mais colocadas à prova, para que nunca “saiam de moda”, entre uma delas, a capacidade de ouvir e interpretar comportamentos, pois a tendência de a tecnologia assumir algumas tarefas da rotina de trabalho é aumentar e nos dar mais tempo para que nos concentremos na interação humana para a comunicação das ideias.

Precisamos acreditar que o ser humano nunca sairá de moda e que a subjetividade sempre estará nos ajudando a encontrar soluções mais adequadas respeitando o ser humano em seu amago. Para isso, precisamos treinar nossos dons, nossa convivência e principalmente, nossa humanidade, nossa capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, de entender o outro como nós mesmos, pois os melhores resultados ainda são alcançados pela interação interpessoal.

 

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