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Renato Guerreiro – Gestão de pessoas e processos para a Indústria 4.0

Renato Guerreiro

Diretor Industrial | Gerente Geral

Grupo VDA | Eletrobras | Gama Italy | FGV | Springer Carrier | Elcoteq | Siemens | Nokia | Kodak

Publicado em: 28/07/18

O tema da moda no Brasil atualmente é a Indústria 4.0, onde vários colegas acadêmicos têm procurado se aprofundar e entender o que de fato isso quer dizer e como fazer para atingir esta “categoria”.

Tenho lido muito a respeito e minha convicção se mantem no fator humano e nas atitudes que permeiam o desejo e a vontade de tornar um processo efetivo através de ferramentas básicas que estudamos há décadas no Six Sigma, Lean Manufacture e TOC (Theory Of Constrains). Trato este tema sob esta perspectiva, pois em 2003, há exatos 15 anos, minha experiência profissional numa fábrica alemã de telefones celulares, já existia a tecnologia necessária e “internetização das coisas” que hoje os “experts” chamam de “Indústria 4.0”.

No Brasil, sob a minha perspectiva, temos que tratar em primeiro lugar a educação fundamental e torna-la nível de excelência em se comparando contra os países desenvolvidos. Em seguida, na opinião deste acadêmico, precisamos investir em técnicos das mais diversas qualificações, como: mecatrônicos, mecânicos, eletrônicos, tecnologia da informação, robótica, etc. Faltam-nos técnicos especialistas neste País, bem como investimentos sérios e controlados em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), infelizmente! Na realidade, não vemos resultados práticos oriundos dos incentivos em P&D, salvo algumas poucas exceções que estão atreladas a Professores renomados na nossa região, onde cito por exemplo o Prof. Dr. Manoel Cardoso, que acabam buscando parcerias no exterior, uma vez que nacionalmente e regionalmente me causa certa estranheza os resultados práticos que deveriam ser apresentados à sociedade como tecnologia desenvolvida no Brasil para determinada área de aplicação / utilização em benefício da população.

Num outro prisma, as indústrias invariavelmente contratam os melhores profissionais em suas respectivas áreas de atuação, todavia, tenho percebido que mesmo se contratando as “melhores cabeças”, ainda nos falta base acadêmica-cientifica para ir além e elevarmos o nível. Junta-se a esta baixa qualificação técnica os elementos dificultantes para realizar investimentos em modernizações, automações, etc., assim como infraestrutura rodoviária, aérea-portuária de quinta categoria onde daí temos a combinação perfeita para nos manter como um dos Países menos produtivos e com nossos custos industriais totalmente dissonantes em relação aos nossos competidores mais próximos como México, Argentina, etc. Neste caso nem me atrevo a discutir sobre a China, por ser uma competição injusta e incomparável sob vários aspectos, desde o educacional até o legislativo trabalhista.

A solução pratica para este dilema nos custarão décadas em investimentos sérios na base educacional, na base técnica, infraestrutura em todo País, incentivos sérios e controlados em P&D, parcerias inteligentes publico x privado, associações comerciais justas, entre outras praticas que visem os interessem do País e não vontades e desejos políticos destrambelhados.

Assim, minha contribuição para minimizar esta situação caótica é dividir minha experiência profissional de mais de 20 anos em empresas de diversas nacionalidades, inclusive vivencia no exterior, no ambiente o qual trabalho e no ambiente acadêmico, levando um mínimo de luz de esperança à nova geração de profissionais, que nosso País pode ter um futuro prospero para nossos filhos e netos.

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